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26 de Abril de 2024

5 justificativas que você não deve usar na hora de cobrar seus honorários

Publicado por Lauro Chamma Correia
há 8 anos

5 justificativas que voc no deve usar na hora de cobrar seus honorrios

Ao ser contratado por um cliente, o advogado deve tratar, como primeira providência, a elaboração de um contrato, estabelecendo as regras que devem conduzir o processo e, ao mesmo tempo, os honorários que serão pagos pelo trabalho.

O contrato deve ser elaborado para manter de forma oficial o vínculo com o cliente e, dependendo do processo, o advogado já está se submetendo a prazos, devendo tomar providências mais urgentes para que não haja problemas de perda de prazo ou outras situações específicas de cada processo.

Considerando os itens de cada processo, o contrato por escrito é determinante para gerar as obrigações de cada parte, devendo ser bastante claro para o cliente e com valores determinados, condições de pagamento negociadas e prazos vinculados, seja ao processo ou o pagamento dos próprios honorários.

Na hora da negociação, o advogado deve ser bem claro com o cliente, estabelecendo os valores com as devidas justificativas, dentro dos padrões exigidos pela ética de sua profissão.

A seguir, coloquei algumas das justificativas que o advogado não deve usar na hora de cobrar seus honorários:

1. Justificar que você precisa dos honorários para sobreviver

O cliente, quando procura um advogado, sabe que terá um custo sobre os serviços e tem consciência de que deverá pagar um valor determinado pelo processo que precisa ver concluído. Desta forma, como sabe que precisa trabalhar para sobreviver, também sabe que o advogado vive de seus serviços, o que não justifica essa informação, que se apresenta como redundante.

2. Justificar que está cobrando mais caro por ser processo mais difícil

O valor dos honorários deve ser estabelecido não somente pela dificuldade do processo, mas também pela competência do advogado que sabe o quanto vale sua própria dedicação. O cliente, ao procurar um advogado, já tem certa noção do valor do advogado no meio jurídico e, assim, não é necessário passar essa informação.

3. Justificar que o valor é mais alto por ser de outra jurisdição

A discriminação das despesas decorrentes de um processo devem fazer parte do escopo do contrato feito com o cliente, mostrando as justificativas de maneira bem clara, sem que haja necessidade de justificar que o valor é mais alto em virtude das viagens, da perda de tempo em locomoção, etc.

4. Justificar que não poderá trabalhar sozinho por não ser sua área

Essa justificativa simplesmente não é aplicável. Se a área de atuação não é a sua, é melhor o advogado nem pegar a causa, indicando um profissional do meio para atender o cliente e, desta forma, mostrando-se ainda mais ético e confiável. Caso o processo exija a presença de outro advogado, em conjunto, o cliente deve ser informado sobre isso.

5. Justificar os custos do escritório

O cliente não tem necessidade de saber os custos do escritório ou qualquer outro relacionado à vida pessoal e profissional do advogado. Apresentar valores dessa espécie podem até contraponto a confiança que o cliente está buscando ao procurá-lo como advogado.

A solução é justificar que você cobra os referidos honorários em razão da qualidade do serviço prestado e pelo comprometimento para a solução do problema do cliente. Você estará sendo transparente e passará confiança para o cliente confiar no seu serviço.

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119 Comentários

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Sinceramente, achei descabido a grande maioria dos argumentos, tudo depende da situação, da cliente, da intimidade que tem o cliente e etc. Com exceção do argumento sobre não ser da area de atuação, todos os outros são validos e sempre são utilizados com êxito. continuar lendo

Prezado Gerson,

Agradeço pelo comentário e crítica, afinal, é com está que faz-se refletir e melhorar.

Acredito que existam recém-formados, bacharéis, estagiários e acadêmicos, ou até mesmo, entusiastas do Direito e população em geral, dentre os leitores do Jusbrasil.

Quero dizer com isso, que, o texto foi elaborado de uma forma simples, sem entrar em detalhes, muito menos com a intenção de doutrinar nobres colegas doutos e já calejados na profissão, não é algo absoluto, pode e deve ser moldado as situações cotidianas, porém, sem perder a essência.

Um grande abraço. continuar lendo

Discordo do nobre colega Gerson e concordo com o espírito do autor, Lauro Chamma Correia.

Existem determinadas desculpas que, no meu entender, já não sabem mais. Todo mundo, em sã consciência, sabe que o advogado vive de seus honorários. Ao menos deveria, se escolheu para si esta profissão. Então é redundante dizer isso ao cliente. Cria até uma situação de chata.

Como jovem advogado, acho que ter em mente determinadas minúcias da profissão é mais do que obrigação, é um dever de todos nós.

Ademais, ótima contribuição e reflexão. continuar lendo

Prezado, apoio seu comentário em gênero, número e grau.
Sinceramente, não ajudou em nada. continuar lendo

Prezado Thiago Noronha Vieira,

Agradeço as palavras e a lucidez!

Um grande abraço. continuar lendo

Prezado Wagner Cassimano,

Também agradeço a crítica, será sempre bem vinda.

Um abraço. continuar lendo

O único problema é que o cliente faz de conta que desconhece todas estas justificativas, sendo, muitas vezes, necessário ratificá-las, ainda que pareça redundante. Abs continuar lendo

Concordo plenamente com a sua opinião. Além disso, o cliente deve saber, sim, quais fatores encarecem os honorários. O que o advogado não deve aceitar é que o cliente tente fazer um leilão na hora de fixar os honorários.
abraço
Eduardo continuar lendo

Exatamente, e como existem, não apenas doutos e calejados advogados dentre os leitores do Jusbrasil, o texto se aplica exatamente a um grande número de pessoas que aqui, se utilizam da plataforma, "clientes", como foi citado, que encontram-se, justamente para ter o conhecimento.

Além dos bacharéis, estagiários, recém-formados, que ainda não possuem a experiência"in locus", no exercício da profissão. continuar lendo

Achei todos válidos. Trabalhamos para sermos bem remunerados e pronto. A classe, justamente por trabalhar por honorários pífios, pensando que vai cativar clientes, que é tão desvalorizada atualmente. O profissional liberal mais desvalorizado no mercado de trabalho hoje é o advogado. E a culpa é de todos, que não sabem cobrar ou ficam pechinchando honorários. Quanto ao comentário que se referiu ao advogado que teria perdido várias ações de bancários, nesse aspecto, curioso que somente poucos advogados consigam clientes da área bancária, pois a gana na captação do cliente bancário passa por cima da ética, da moral e do bom-senso. Ação trabalhista de bancário não se difere de outras ações trabalhistas que têm menor expressão financeira, mas os bancários sempre acham que se procurarem o advogado que sempre entra com as ações contra o banco, vão sempre obter êxito e que esse ou aquele advogado tem mais condições de ganhar ação contra o banco, pelo simples fato de que todos levam ações por indicação. Melhor estudar, procurar indicação com pessoas da confiança para indicar profissional de sua confiança. continuar lendo

muito bom o artigo, e a melhor parte está em apenas uma frase "A solução é justificar que você cobra os referidos honorários em razão da qualidade do serviço prestado e pelo comprometimento para a solução do problema do cliente.". Isso vale para qualquer profissão, quando você tentar justificar-se sobre seus honorários demonstra insegurança e fornece ao seu clientes , através de seus argumentos, pontos para ser questionado e contraposto continuar lendo

Concordo em todos os termos Dr Amorim continuar lendo

Estimado Roberto Amorim,

Agradeço as palavras, que se faça um bom uso.

Um abraço! continuar lendo